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Fado
Santos Populares
Azulejaria
Calçada Portuguesa
Tunas Académicas
Fado
Conhecida como a canção nacional – e desde 2011 Património Cultural Imaterial da Humanidade, declarado pela UNESCO – o fado é um canto a solo acompanhado por uma música tocada por viola, um baixo e uma guitarra portuguesa em acústico.
As letras do fado tradicional – como hoje acontece no rap ou no hip hop – refletem sobre a realidade do quotidiano e há hoje em Portugal grande colaboração entre artistas das duas origens.
Os locais, por excelência, onde se podem ouvir novos e velhos cantadores de fado são as ‘noturnas’ casas de fado.
Santos Populares
Junho é o mês das principais festas populares, embora entre maio e outubro haja sempre em Portugal uma festa popular num qualquer lugarejo.
A cada festa corresponde um santo: 13 de junho é a festa de Santo António em Lisboa, 24 de junho, a de São João, no Porto. Mas há também as festas de São Pedro, ou a romaria da Senhora da Agonia, mais a norte.
Enfim, em dia de festa popular há arraias, sardinhadas e marchas e desfiles; come-se, bebe-se muito, dança-se, brinca-se e não há hora para terminar a folia.
Azulejaria
Raro será o turista que visita Lisboa e não quer conhecer o Museu do Azulejo, um dos raros no mundo. A tradição da azulejaria remonta à presença islâmica na península Ibérica e, em Portugal, esta arte foi especialmente cultivada entre os séculos XV e XIX.
Lisboa é a cidade do azulejo, podem visitar-se antigas fábricas ou apreciar murais mais contemporâneos em azulejo, por toda a cidade.
Do apogeu da produção de azulejos, há também murais de paisagens ou episódios históricos, na decoração de igrejas, palácios e jardins, a cobrir muros ou fachadas, e mais recentemente nas estações do metropolitano.
Calçada Portuguesa
Tal como o azulejo, a calçada remonta ao século XV, aquando do início da expansão marítima.
Os primeiros caminhos foram calcetados com pedras de granito. Essa pavimentação foi a solução encontrada para tornar os pisos mais regulares e rápidos para o transporte de bens, numa época de grande atividade económica, nomeadamente através dos portos.
No século XIX, a calçada portuguesa, ornamental e única no mundo, foi desenvolvida por presos alocados a esse tipo de obra, então assente num jogo de pedras irregulares de calcário branco e preto. Hoje a arte de calceteiro está em vias de extinção.
Tunas Académicas
A tradição das tunas académicas ou estudantis remonta ao século XIX e propagou-se a partir de Espanha, registando um renascimento em Portugal na década de 1980.
Estas tunas são grupos de estudantes que cantam e dançam, apresentando-se vestidos de negro com os tradicionais trajes académicos, fazendo-se acompanhar de instrumentos de corda e com estandartes da instituição a que pertencem. Os reportórios musicais vão do clássico ao mais popular.
Monumentos
MAAT
Mosteiro dos Jerónimos
Torre de Belém
Ponte 25 de Abril
Aqueduto das Águas Livres
Sé de Lisboa
Elevador de Santa Justa
MAAT
O MAAT – Museu de Arte Tecnologia e Arquitetura é uma peça emblemática da Lisboa do século XXI, projetada pelo estúdio de arquitetura londrino AL_A (Amanda Levete Architects).
Inaugurado em 2016, este museu está localizado na zona ribeirinha de Belém junto a outro edifício monumental: a antiga Central Termoelétrica que abastecia a capital, construída em 1908.
Ambos apresentam exposições e mantêm uma programação própria.
Mosteiro dos Jerónimos
O Real Mosteiro de Santa Maria de Belém, designado comummente por Mosteiro dos Jerónimos, é uma obra-prima da arquitetura portuguesa no estilo manuelino.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1907 e inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, em 1983.
A sua construção no século XVI trouxe até Lisboa arquitetos e escultores de toda a Europa. Hoje o complexo inclui a Igreja, o Museu da Marinha e o Museu de Arqueologia.
Torre de Belém
A Torre de Belém foi mandada construir no século XVI pelo rei D. Manuel para proteger a barra do Tejo, mas também o Mosteiro dos Jerónimos, então em construção.
À época, a configuração do rio proporcionava proximidade e ligação visual entre os dois empreendimentos – a Torre foi construída em pleno rio, a 250 metros da margem, enquanto o mosteiro foi erguido na margem frente à então praia do Restelo.
As alterações morfológicas e o tempo deram-lhes a atual configuração na malha ribeirinha ocidental.
Ponte 25 de Abril
Contruída nos anos sessenta do século XX, é uma ponte suspensa análoga à de São Francisco, e foi a primeira ligação em estrutura fixa entre Lisboa e a Almada, a cidade vizinha da margem sul.
Até então para fazer o atravessamento do rio tejo usavam-se apenas cacilheiros. A ponte foi inaugurada em 1966 apenas como ligação rodoviária e já no seculo XXI recebeu também a linha de comboio.
Aqueduto das Águas Livres
Imponente obra de engenharia do século XVIII só foi desativado em 1973. Desde a nascente em Caneças até ao depósito da Mãe de Água nas Amoreiras em Lisboa.
Com outros aquedutos secundários formava uma rede de distribuição com 59 km. O projeto da obra é de António Cannevari, Manuel da Maia e Carlos Mardel. O troço do Vale de Alcântara é constituído por 35 arcos, e inclui o maior arco em pedra de vão do mundo (65 mts altura x 32 mts largura).
Sé de Lisboa
Atual catedral católica, a Sé é um complexo de edifícios históricos, sob intervenção há vários anos. O edificado remonta há dois mil anos.
Há largos séculos atrás existia nesta zona uma das portas de uma cidade Olisipo, habitada por inúmeros povos.
Quase todos terão escolhido este sítio para erguer os seus principais templos, pelo que abaixo das estruturas da atual Igreja existirão vestígios de uma mesquita e de um templo sagrado romano.
Elevador de Santa Justa
Ascensor público, hoje também atração turística, este equipamento permite subir da baixa da cidade até ao Chiado e Bairro Alto. O seu desenho e materiais lembram a torre Eiffel, o que se justifica por ter sido projetado por um colega do arquiteto francês.
O elevador começou a funcionar em 1902, então ainda a vapor, e tem apenas 45 metros de altura permitindo uma boa vista sobre a parte histórica de Lisboa e o Tejo. A capital portuguesa tem mais três outros históricos ascensores públicos a funcionar entre colinas.
Natureza
Território
Serra da Arrábida
Cabo da Roca
Sintra
Território
92 212 quilómetros quadrados é a área de Portugal. Inclui 850 km de praias banhadas pelo oceano Atlântico.
Portugal continental tem a mais antiga fronteira terrestre, com Espanha, de 1214 km, conhecida como “raia”.
O país tem ainda soberania sobre dois arquipélagos no oceano Atlântico – Açores com nove ilhas habitadas e Madeira, mais a sul, com duas ilhas habitadas.
Serra da Arrábida
Encontram-se aqui, perto do Portinho da Arrábida, no verão com acesso limitado, muitas praias paradisíacas, entre as quais a Figueirinha e Galapos.
A enseada do Portinho oferece o mais tranquilo mar de Portugal, protegido por um património natural preservado.
Não raro, veem-se nas escarpas da serra famílias de javalis e no mar grupos de golfinhos.
Cabo da Roca
A 140 metros de altura sobre o oceano Atlântico situa-se o cabo da Roca – o ponto mais ocidental da Europa continental.
Localizado a cerca de 40 kms oeste de Lisboa, o lugar tem um farol e uma paisagem fabulosa, recebendo diariamente excursões de turistas.
Quem conhece, provavelmente nunca mais esquece o pôr-do-sol mais ocidental.
Sintra
Local de palácios e envolto um microclima singular, que lhe conferem um encanto único, pleno de verde das serras e azul das praias próximas (Adraga, Maças, Praia Grande ou Azenhas).
Lisboa dita meia hora de comboio até à vila original.
Merecem visita o Palácio da Pena, Seteais, o Palácio de Monserrate, a Quinta da Regaleira, entre outros.
Gastronomia
Bifana
Marisco
Cozido à Portuguesa
Bacalhau
Sardinhas Assadas
Pastéis de Nata
Doces Conventuais
Bifana
Uma espécie de sanduiche com bife de porco, servida em pão de carcaça – tipo de pão individual e popular – que é servida com bastante molho.
Foi internacionalizada quando Anthony Bourdain, o crítico gastronómico nova-iorquino, se deliciou com uma bifana e a divulgou no seu programa.
Ocupa o espaço prévio ao dos hambúrgueres, no espaço de fast food nacional, embora a carne não seja picada. Na versão com carne de bovino designa-se prego.
Marisco
Há dezenas de casas para comer crustáceos e moluscos, que são sempre frescos e quase ao natural, característica que distingue o marisco português de outros.
Apanhados na costa ou de importação, os frutos do mar reúnem uma panóplia de identidades – santola, sapateira, lagosta, navalheira, caranguejo, percebes - que irradiam o sabor do mar.
Como petisco ou refeição, com cerveja ou vinho fresco branco gelado, marisco é para festejar entre amigos.
Cozido à Portuguesa
Um prato singelo cujo segredo está na mistura dos ingredientes em cozedura e, claro, na qualidade dos mesmos.
Junta enchidos de carne de várias origens, pedaços de vaca, porco (salgadas) e galinha, cenouras, batatas, nabo, couves várias e feijão, podendo ser acompanhado por arroz branco.
Tudo coze no seu tempo, ganhando cada ingrediente o sabor do conjunto.
Bacalhau
… cozido com todos, à Brás, assado com batatas a murro, com natas, à Gomes de Sá, em pasteis, pataniscas, à Margarida da Praça, à minhota, … há tantas modalidades de confecionar bacalhau (salgado seco e eventualmente congelado) como as que se quiser.
Ao longo de várias décadas, os portugueses cozinhavam-no e comiam-no, pois também o pescavam nos Mares do Norte.
O preço do peixe subiu e hoje a maioria do bacalhau consumido em Portuga é de pesca norueguesa. Mas a arte de transformar este peixe e o tornar interessante, em “mil maneiras”, será sempre portuguesa.
Sardinhas Assadas
Entre os meses de maio e agosto, inclusive (meses sem r) as sardinhas são pescadas para consolo dos portugueses que adoram “sardinhadas”.
O pequeno peixe, em tempos quase sem valor comercial, é assado no carvão apenas com sal e servido acompanhado de batatas cozidas e salada de pimentos assados - ou comido sobre fatias de pão.
A sardinha é rainha nas festas populares.
Pastéis de Nata
O mais internacional dos doces portugueses é um pequeno pastel feito á base de massa folhada e natas, porém a receita original criada, crê-se, pelos monges do mosteiro dos jerónimos, permanece secreta.
Perto do Mosteiro existe a casa dos Pasteis de Belém, onde dezenas de turistas fazem todos os dias fila parta provar aqueles que se dizem se os herdeiros da receita da doçaria conventual, há centenas de anos.
Doces Conventuais
Cada região tem os seus (doces conventuais) pois os conventos espalharam-se pelo território nacional por séculos.
E todos os doces conventuais, arte de monges e freiras, têm em comum ovos e açúcar, variando nos outros ingredientes que integram: amêndoa, laranja, canela, vinho do Porto.
Os nomes da doçaria conventual falam por si: papos de anjo, barrigas de freira, toucinho do céu, abadessas, garganta de freira, doce do paraíso…